Há algo reconfortante - e um pouco surpreendente - no fato de um simples sabão ser uma de nossas armas mais eficazes contra o coronavírus.
A humanidade vem usando sabão há milhares de anos. Os antigos babilônios já faziam sabão em 2800 A.C. O sabão ganhou seu nome a partir da lenda romana sobre o Monte Sapo. Dizia-se que a chuva escorria montanha abaixo, misturando-se com gordura e outras cinzas de sacrifícios animais, resultando em um material parecido com sabão. A receita não mudou muito; o sabão ainda é feito de gorduras e óleos que reagem com lixívia (hidróxido de sódio).
Mas por que algo tão simples é eficaz contra tudo, de sujeira a vírus? A resposta é que o sabão, em um nível molecular, é bastante violento. Este artigo do New York detalha o motivo.
Essencialmente, o sabão é feito de moléculas em forma de pino. Cada molécula tem uma cabeça hidrófila (ou seja, que se liga com água) e uma cauda hidrófoba, que evita a água para se conectar com gorduras e óleos.
Quando você lava as mãos com água e sabão, as moléculas de sabão envolvem os microrganismos da pele, como vírus e bactérias. Ao tentar evitar a água, a cauda hidrófoba se enfia nos envelopes lipídicos dos micróbios e vírus, causando sua quebra e destruição. O sabão também rompe as ligações químicas que permitem que bactérias e vírus se prendam às superfícies, facilitando o ato de lavá-los para longe.
Use sabão e fique em segurança.